Para uma vida mais segura, seja VOCÊ a mudança no TRÂNSITO, como pedestre, motorista, motociclista e ciclista! Nossa liberdade no trânsito termina quando começa a dos outros. Sejamos coerentes e respeitemos os outros para um trânsito mais humano, responsável e seguro!
quarta-feira, 17 de abril de 2019
sábado, 13 de abril de 2019
Terceira Jornada de Capacitação em Educação para o Trânsito para Docentes de Niterói

A escola tem um papel fundamental no processo de formação dos cidadãos e ter um corpo docente qualificado faz a diferença, não é mesmo? A jornada capacitará professores na área do trânsito e suas variáveis, como regras e normas de circulação e conduta, além das questões voltadas ao meio ambiente, ao patrimônio histórico, às diferenças sociais e outras questões fundamentais à vida em sociedade. O público alvo são os professores da Educação Infantil, do Ensino Fundamental I e II; e Médio das Escolas Municipais, Estaduais e Particulares da cidade.
O profissional que quiser aproveitar a oportunidade, pode se inscrever gratuitamente pelo telefone:
(21)2621-5558 ramal: 231
PAUSA PRO PAPO COM FLAVIA ABRANCHES
Postado por Folha de Niterói /12 /04/2019

Flavia: No dia a dia, a falta de educação no trânsito, tanto dos motoristas, quanto de ciclistas e pedestres, pode levar a acidentes fatais. Como alcançar a população para transformar a educação no trânsito?
Priscilla: É preciso conscientização diária e mudança do comportamento. Segundo as estatísticas, a cada 25 segundos há um acidente de trânsito no mundo; no Brasil a cada 57 segundos há um acidente e a cada 11 minutos e 21 segundos alguém morre vítima de um acidente de trânsito. Cada um de nós É O TRÂNSITO! Isso se mostra em pequenos atos de gentileza, como respeitar aquele que pretende atravessar uma faixa de pedestres, ainda que estejamos com pressa, ou não estacionar numa vaga reservada para idosos ou deficientes físicos, não acelerar no sinal amarelo, respeitar a distância lateral ao ultrapassar bicicleta, etc.
Flavia: Quais dicas diárias para se preservar a vida e ser um motorista, pedestre ou ciclista defensivo?
Priscilla: As dicas se resumem nas atitudes de cada pessoa. Pensar no outro, pensar em si e fazer o que é correto, não por ter medo de ser chamado atenção ou autuado, mas pelo simples fato de valorizar sua vida e a do outro. Por exemplo: não usar o celular ao volante no carro, na bicicleta ou na moto; não dirigir colado na traseira do carro da frente; não dirigir alcoolizado, usar o cinto de segurança, respeitar a distância de 1,50m do ciclista, respeitar a sinalização e o limite de velocidade da via…
Flavia: Niterói conseguiu reduzir os acidentes de trânsito em 85%. Quais os maiores desafios para alcançar tal índice e ações realizadas na cidade?
Priscilla: Niterói cresceu, evoluiu e evoluímos com ela. O trânsito ficou mais complexo. A Prefeitura de Niterói, por meio da NITTRANS, segue reduzindo significativamente os impactos de um crescimento acelerado de veículos e o número de acidentes. Isso acontece por meio de mais de 190 pontos semafóricos, 16 painéis informativos, o CCO Mobilidade que funciona 24 horas todos os dias e agentes de trânsito nas ruas diariamente com o objetivo de educar, orientar e fiscalizar. Percebemos o quão importante tem sido o impacto das políticas públicas em prol de uma melhor educação para o trânsito e mobilidade quando comparamos nossos números a outras cidades do Brasil.
Flavia: Este mês vai acontecer a 3ª Jornada de Capacitação em Educação para o Trânsito para docentes em Niterói. Ao transformar professores através da educação no trânsito, se transforma os alunos? O resultado tem sido positivo?
Priscilla: Sim, transforma-se. O resultado é observado pela mudança de comportamento do aluno, que acaba sendo reproduzido pela família. Conseguimos uma mudança de comportamento nos adultos, afinal ser chamado atenção por um filho para a grande maioria é um ponto de atenção para a mudança de atitudes. A Jornada de Capacitação em Educação para o Trânsito para docentes levam os professores a explorarem o tema trânsito e suas variáveis, através dos diferentes campos de conhecimento, compreender sua complexidade e urgência social. O tema trânsito deve ser concebido como forma de desenvolver atitudes e valores pautados no respeito, na cooperação, na solidariedade, entre outros fundamentais à vida em sociedade. A frase de Nelson Mandela ilumina o tema: “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”. Espero que todos possam participar !
Priscilla Lundstedt Rocha é Professora, Educadora de Trânsito, Coordenadora do Departamento de Educação para o Trânsito da NITTRANS. É Especialista em Gestão, Educação e Segurança no Trânsito. Graduada em Direito e Filosofia e Mestra em Filosofia do Direito. E mãe da Cecília Milagros.
E-mail: priscilla.bolivar@gmail.com
O trânsito e a maternidade
Na última semana durante o café da manhã minha filha Cecília Milagros me fez uma pergunta que achei muito estranha, mas respondi, e aqui irei transcrever:
Cecília Milagros: Mamãe, você é minha mãe?
Priscilla: Claro que sou... (respirei, tomei um gole de café, e perguntei)
Priscilla: Cecília Milagros porque você fez esta pergunta?
Cecília Milagros: Porque mamãe, as mães cuidam dos filhos e você só cuida do Trânsito de Niterói.
Respirei muito fundo depois dessa resposta e respondi que mesmo de longe eu cuidava dela, ela aceitou e continuo doce e carinhosa...
Sempre gostei de trabalhar, mas aprendi a amar trabalhar com educação para o trânsito em Niterói, amo pensar que nesse mundo contemporâneo podemos fazer a diferença com palavras, atitudes, ações, projetos, campanhas...
Não é fácil trabalhar com trânsito, educação para o trânsito, pois quando se fala nessa assunto o que mais vemos são problemas, em maioria que ocorrem por causa de nós mesmos e nossas ações, atitudes, nosso comportamento, nosso egoísmo, e sempre é mais fácil culpar ou acusar o outro ao invés de olharmos para nós...
Mas voltando a Cecília Milagros ela foi gerada, nasceu e cresce dia a dia nesse meio, no trânsito... (muitas histórias: de luta, superação e sempre muito amor e fé). Quando ela era menor ela falava para as pessoas que eu mudava a cor do sinal, era meu trabalho; hoje ela fala que eu trabalho no trânsito de Niterói, e sim trabalho com educação para o trânsito com muito orgulho e respeito.
Desde que ela nasceu, apesar do cordão umbilical ter sido cortado, nunca mais consegui me separar, e isso não fez mal a mim ou ao trabalho, acabei por repensar formas de agir, ser, trabalhar... a verdade é que ela me fez um ser humano melhor, mais atento e hoje muito dela é como se eu me visse no espelho, pois até os gestos se parecem e as vezes tenho dúvida se eu aprendi com ela, ou apenas ela repete....verdadeiramente eu aprendo com ela...
Em Niterói, são 7 a frente da Educação para o Trânsito muitos projetos, reuniões, ações, campanhas, formações, palestras, e depois que ela nasceu o adaptar-se ao trabalho foi me adaptar as vezes a ter que ser mãe e educadora de trânsito, foi as vezes não tê-la com quem deixar e levá-la ao trabalho, o que agradeço... na primeira vez que isso ocorreu ela tinha 6 meses e conheceu um dos anjos da guarda dela, que tornou-se sua cuidadora e também era agente de trânsito, nossa Suzana (sim, minha filha era cuidada por uma agente de trânsito, com muito orgulho!)Desde cedo ela aprendeu a ver com outros olhos os que as vezes parecem invisíveis, ou que só ficam visíveis quando decidimos reclamar do trânsito, ela aprendeu a sorrir para eles, acreditem faz toda a diferença, ela aprendeu os sinais deles na rua, e acreditem vale a pena, ela ainda não sabe o que é o Código de Trânsito Brasileiro, mas já pratica um dos artigos ...
Mães que trabalham as vezes tem muitos contratempos, a febre, gripes ou diarréia são comuns quando se começa a conviver com outras crianças, isso faz com que a criança precise ficar em casa, e quando o pai não estava, pois precisava viajar a São Paulo, o descanso dela era no trabalho, as vezes em reuniões, ou até mesmo em ações de rua...Não tenho o que reclamar apenas agradecer... Em uma dessas ações, na verdade um Projeto do Grupo Ecorodovias da Ecoponte que a Prefeitura Municipal de Niterói é parceira conhecemos o “Viajando de Bem Com a Via”, um projeto lindo de teatro e educação para o trânsito para crianças, foi no ano passado e Cecília Milagros estava com 3 anos, sedenta do aprender e continua, as letras, os números mas em especial ela tinha dificuldade com algumas o T, e o R ainda eram um problema, mas uma febre a impediu de ir à escola, o pai estava em São Paulo e eu não podia faltar ao trabalho, era abertura do Projeto então fomos nós passar o dia em um dos lugares mais lindos de Niterói, o Caminho Niemeyer, pois o caminhão adaptado para cinema e teatro lá estava e pronto para receber as crianças das escolas... Cecília Milagros conheceu o TUTÚLIO e a ROUSE, além dela ter assistido a todas as apresentações do dia, amado os palhaços aprendeu as letras T e R e nunca mais errou pois o T é do Tutúlio e o R é da Rouse.
Ontem o Tutúlio mandou um vídeo carinhoso para a Ceci Milagros, e eu só tenho a agradecer ao trabalho pois pelo trabalho nos conhecemos.
Agradecer ao trânsito e toda a sua complexidade, pois dia a dia aprendo para poder ensinar e ser e fazer a diferença.
Por falar no Tutúlio e na Rouse eles irão voltar e nós estaremos lá no mesmo lindo lugar o Caminho Niemeyer, esperando a visita de muitas escolas, muitas crianças para falar de educação para o trânsito, será no próximo mês, mês de maio. Neste mês Cecília Milagros irá me acompanhar não por estar com febre(torço muito, pois não temos bola de cristal)mas sim irá me acompanhar pelo simples fato de ter saudades do Tutúlio e da Rouse e porque ela adora aprender, e nunca é demais aprender ou reaprender sobre educação para o trânsito, afinal agora com 4 anos, o alfabeto não é mais problema!
E com muito orgulho e amor trabalho com educação para o trânsito em Niterói e sou mãe da Cecília Milagros 💙 Eu sou o trânsito!
terça-feira, 9 de abril de 2019
Por que falar de trânsito?
No último domingo 24 de março de 2019, alunos fizeram a prova do concurso da UFF, cargo de assistente administrativo.
O tema de redação proposto pela banca COSEAC foi: “acidentes de trânsito no Brasil: fatores motivadores e ações educativas”. É válido destacar que o assunto foi cobrado recentemente pela banca Cespe, no concurso da PRF. O que isso quer dizer? Que é um tema potencial neste ano? Tema da moda? Por que falar de trânsito?
Resposta simples: AS PESSOAS ESTÃO MORRENDO!
Vivemos em estado de guerra diária no trânsito, preconceitos raciais, sociais e de gênero e não nos damos conta, pois não conseguimos enxergar além dos nossos narizes.
Pelas estatísticas a cada 25 segundos há um acidente de trânsito no mundo; no Brasil a cada 57 segundos há um acidente e a cada 11 minutos e 21 segundos alguém morre vítima de um acidente de trânsito. O que eu tenho de responsabilidade sobre esses dados?
TUDO, POIS EU SOU O TRÂNSITO! E meu comportamento no trânsito faz a DIFERENÇA. No trânsito não posso ser INDIFERENTE!
E completando a resposta: quando não morrem os sobreviventes acabam ficando sequelados.
Nossos filhos, sobrinhos, netos....nossos jovens estão morrendo .... E nos não fazemos nada!
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMC), um milhão de crianças entre 0 a 14 anos morrem em decorrência de acidentes todos os anos ao redor do mundo e cerca de 50 milhões ficam com sequelas permanentes.
No Brasil, os acidentes representam a principal causa de morte de crianças entre 0 à 14 anos.
Os números apresentados só reforçam a necessidade e urgência da importância do tema trânsito, sobretudo no campo educacional.
É um tema de urgência social, tendo em vista as vidas que são dizimadas diariamente por conta de lesões decorrentes do atual modelo de mobilidade: 186.300 crianças (entre 0 e 14 anos) morrem a cada ano no trânsito, em todo o mundo – isso representa mais de 500 crianças por dia.
As lesões ocasionadas no trânsito estão entre as primeiras causas de morte de crianças acima de cinco anos de idade, 3.143 crianças e jovens entre 0 e 17 anos morreram no trânsito brasileiro em 2013.
Um estudo organizado pela Organização Mundial de Saúde mostrou que em 2009 aconteceram perto de 1, 3 milhão de mortes por acidentes de trânsito em 178 países do mundo.
A OMS estima que deveremos ter 1,9 milhão de mortes no Trânsito em 2020, e 2,4 milhões em 2030.
Entre 20 e 50 milhões sobrevivem com traumatismos e feridas.
Os acidentes representam um custo global de 518 bilhões de dólares/ ano.
Os acidentes representam a terceira causa de mortes na faixa de 30-44 anos; a segunda na faixa de 5 - 14 e a primeira na faixa de 15- 29 anos de idade.
Devido a esses números alarmantes a ONU, por uma resolução propôs a: "Década Mundial de Ações Para a Segurança no Trânsito - 2011/2020" em todo o mundo e cada país fez sua proposta para redução de acidentes e segurança viária.
E VOLTANDO ao Brasil: A média de mortes no Brasil por dia é de +- 150 mortos/dia (vítimas ou causadores de acidentes de trânsito).
No Brasil a maior parte das vítimas é o que chamamos de categoria vulnerável: pedestres, ciclistas e motociclistas.
E por falar em motociclistas, nos últimos doze anos a frota de motocicletas aumentou 300% mais que a de carros.
Em um mundo que cada vez mais se fala de ATITUDE, precisamos de fato ser proativos!
Somos animais sociais, vivemos em grupo, desta forma temos que exercer a nossa sociabilidade, sem esquecer a nossa humanidade, cidadania, ética e comprometimento consigo e com o outro, e no trânsito pensar no outro é primordial, exercer a Direção Defensiva e pensar na prevenção. Temos que ser virtuosos no trânsito e em toda a vida.
A virtude é uma qualidade moral particular que denota a disposição de um indivíduo para praticar o bem, não se tratando de uma característica nata, ao invés disso se apresentando como uma forma de conduta, representada pela repetição constante de atos motivados pela vontade do homem em prol do bem.
Para ser “do bem”, na visão de Aristóteles, devemos ser úteis à comunidade na qual estamos inseridos, e, com nossa utilidade, seremos felizes, otimistas. Nessa visão, a felicidade/otimismo não é entendida como um estado, mas como um processo em constante desenvolvimento e aperfeiçoamento.
Assim, podemos depreender que, para alcançar a harmonia no trânsito, precisamos valorizar o hábito de agir em prol do bem comum, antes do interesse particular momentâneo. Isso se mostra até mesmo em pequenos atos de gentileza, como respeitar aquele que pretende cruzar uma faixa de pedestres, ainda que estejamos com pressa, ou não estacionar numa vaga reservada para idosos ou deficientes físicos, ainda que não exista nenhuma outra livre por perto, não jogar lixo no chão, não acelerar no sinal amarelo, respeitar a distância lateral ao passar ou ultrapassar bicicleta, que é de um metro e cinqüenta centímetros...
Costumamos frequentemente ouvir que o problema do trânsito, ou qualquer outro problema decorre dos “outros”, os governantes e autoridades; no caso do trânsito, os maus motoristas e motociclistas, os pedestres desrespeitosos e desatentos, os ciclistas, os veículos que desgovernam ou falham, quase nunca confessamos SERMOS parte deste problema, sempre buscamos uma justificação para o NOSSO comportamento inapropriado.
O inferno são os outros, a máxima de Sartre remete ao nosso drama social mais intenso.Precisamos começar a nos olhar, pois o inferno é cada um de nós, cada qual a sua medida.
Tudo resume-se a MUDANÇA DO COMPORTAMENTO HUMANO, assim sendo devemos nos olhar e analisarmos nossas ações, condutas e tentar SER e FAZER a diferença no trânsito, só desta forma teremos um trânsito mais gentil, mais humano, mais feliz, mais otimista e mais seguro!
Devemos reafirmar um contrato social a fim de re- estabelecermos uma ordem social que nos tire desse “estado de natureza no trânsito”, onde todos parecem estar contra todos e prevalece o mais forte, onde cada indivíduo parece agir como um “lobo” do próprio homem, cada dia mais desumano, para passar a assegurar a paz e a defesa comum, e nos reumanizarmos no trânsito.
O resultado para todos dependerá das repetidas ações individuais de cada um para o bem, ou seja, se cada um for virtuoso, todos passarão a ser.
Niterói conseguiu reduzir os acidentes de trânsito em 85%. Em 2018, a Lei nº 13.614 acrescentou ao Código de Trânsito Brasileiro a criação dos Pnatrans: Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito, e em seu art. 326 - A do CTB:
“Art. 326-A. A atuação dos integrantes do Sistema Nacional de Trânsito, no que se refere à política de segurança no trânsito, deverá voltar-se prioritariamente para o cumprimento de metas anuais de redução de índice de mortos por grupo de veículos e de índice de mortos por grupo de habitantes, ambos apurados por Estado e por ano, detalhando-se os dados levantados e as ações realizadas por vias federais, estaduais e municipais.
§ 1o O objetivo geral do estabelecimento de metas é, ao final do prazo de dez anos, reduzir à metade, no mínimo, o índice nacional de mortos por grupo de veículos e o índice nacional de mortos por grupo de habitantes, relativamente aos índices apurados no ano da entrada em vigor da lei que cria o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans)."
O que foi acrescentado no CTB em 2018, Niterói já vinha realizando ao longo dos últimos anos visando maior segurança e mobilidade, um dos direitos fundamentais garantidos pela constituição e, que possibilita o desenvolvimento das cidades e a inclusão social, pois compreendemos a mobilidade como um fenômeno social complexo e interdisciplinar, que envolve as áreas de saúde, planejamento urbano, transporte, trânsito, legislação, educação, entre outras.
A NITTRANS com seu Departamento de Educação para o trânsito propõe uma educação para o trânsito com base em um arranjo coletivo e multissetorial que permite ações integradas e, ao mesmo tempo, a influência de um fator sobre o outro, podendo gerar medidas mais apropriadas nas abordagens de segurança no trânsito sempre com base nos pilares: educação, esforço legal, ou seja a presença de nossos agentes na rua, a fiscalização e engenharia.
Varias ações, campanhas, são meios de promover o debate sobre o tema trânsito para a sociedade; além das palestras em escolas, empresas, campanhas de rua, treinamentos com os agentes de trânsito, capacitações em educação para o trânsito para professores e distribuição de material educativo sempre com grandes parcerias que acreditam na educação pra o trânsito, e principalmente na educação como fator primordial de transformação humana.
Esses números impõem um desafio de construir um trânsito mais seguro para a atual e futuras gerações.
[reconhece-se que] é responsabilidade compartilhada buscar um mundo livre de mortes e lesões graves no trânsito, e que lidar com a segurança no trânsito exige colaboração entre múltiplos atores. (Declaração de Brasília, p. 2)
A educação desempenha um importante papel no sentido de intervir em objetos que lhe dizem respeito: a mudança de comportamento, transformação das questões culturais, e construção da percepção de risco. Mas existem ainda outros aspectos que irão influenciar e, em alguns momentos, até mesmo determinar condições para a ocorrência de lesões e mortes decorrentes do trânsito.
Dessa forma, não podemos acreditar que programas de educação para o trânsito e campanhas de segurança no trânsito, atuando de forma isolada, sejam capazes de obter resultados significativos para a redução dos acidentes e das lesões causadas por eles. Precisamos unir e somar forças cada vez mais, pois JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!
Disseminação do conhecimento para todos os “atores” relacionados ao trânsito, garantindo fácil acesso aos subsídios técnicos necessários para a mudança de ATITUDE no trânsito.
O que de’’ fato precisamos é “suspender nosso juízo” e analisar nossas mudanças, condutas, ações e FAZERMOS a diferença, não apenas no TRÂNSITO, mas na VIDA, afinal “NO TRÂNSITO, O SENTIDO É A VIDA” E NO TRÂNSITO PRECISAMOS DAR SENTIDO A VIDA, e com nosso LIVRE ARBÍTRIO escolhermos os nossos CAMINHOS.
Que TODOS possam ser a diferença no trânsito, pois a partícula condicional "SE", no trânsito é tarde demais!
Que nossas mãos não apenas teçam o trabalho rude como já disse o poeta Drummond e nossos corações não estejam secos, mas sim abertos para viver, sentir, os átimos da vida.
Priscilla Rocha
Coordenadora Departamento de Educação para o Trânsito- NITTRANS - Prefeitura Municipal de Niterói
*imagens usadas no PPT nas Palestras de Educação para o Trânsito para público adulto e retiradas da internet.
Sobre o atravessar a rua na Faixa de Pedestre Para minha filha Cecília Milagros
A faixa de pedestre é o nome daquele espaço situado na rua para que os pedestres possam atravessar sem qualquer tipo de problema. Ela se localiza antes do cruzamento com outra rua e está identificada e delimitada por umas linhas grossas e horizontais na cor branca.
Talvez fosse assim a melhor definição do passado, não em relação a sua descrição, mas em relação ao sentimento de segurança, pois também ela é conhecida por alguns como faixa de segurança, mas no nosso mundo contemporâneo e tamanha evolução do ser humano o ato de atravessar pensado como um verbo transitivo, ou intransitivo de passar, cruzar perdeu-se (...) Não, ainda não fiquei louca, mas hoje o atravessar em uma faixa de pedestre , a ação, o verbo passou para a forma pronominal, até mesma figurada e não estou falando da gramática da língua portuguesa, apesar dela ajudar-me mesmo sem saber com a paradoxal situação atual de atravessar a rua em uma faixa de pedestre o ato de atravessar é estar diante de obstáculos, onde nos encontramos diversos obstáculos (carros, motos, bicicletas, ônibus, buracos) e por termos tais obstáculos somos quase que impedidos e muitas vezes hostilizados...o atravessar na faixa de pedestre, hoje, é uma aventura, com vários problemas de mobilidade e muita falta de educação.
O atravessar tornou-se uma aventura.
Em uma grande capital rodeada de concretos, relógios sempre atrasados,todos com pressa, calçadas sem sombras e pessoas robotizadas, não se olham , não conversam, pois tem nas mãos o celular para sucumbir as fake news, moda contemporânea, ou simplesmente cuidar da vida alheia, e infelizmente ser atropelado durante tal travessia...
Atravessar na faixa também pode ser prazeroso, quando em algum momento ela é respeitada, momento este de um feriado, onde os carros dormem, ou estão nas estradas(...) vale dizer que talvez aí encontraremos outros problemas, mas não é o momento de pensar no cinto de segurança, em respeitar a velocidade da via, em usar o capacete de forma correta, não dirigir usando o telefone, beber ou usar um equipamento de retenção de criança(...)
Estou falando sobre a faixa de pedestre e voltando, ao início, ela está identificada e delimitada por umas linhas grossas e horizontais na cor branca para que nossos obstáculos e nos mesmos possamos vê-la e há um detalhe muito interessante em algumas delas há a sinalização semafórica para nossos obstáculos e nos mesmos, vale dizer que o sinal para nossos obstáculos tem 3 cores, cada uma com um significado:
Quando o semáforo estiver na cor vermelha, indica que uma das formas de obstáculos deve frear totalmente para podermos atravessar a rua através da faixa (nesse instante o nosso sinal, o chamado sinal semafórico para pedestres estará verde) (...)
Ufa, conseguimos!!
Quando o semáforo estiver na cor verde para nossos obstáculos permaneça na calçada, e por favor, não fique no cantinho rente a rua, pois os obstáculos são muito espaçosos e rápidos e podem, mesmo na calçada nos atingir.
Há a cor amarela, mas na nossa sociedade contemporânea ela teve invertido seu significado de atenção, em vez de PARAR, os obstáculos ACELERAM, é muito importante ter essa consciência, pois nunca devemos confiar nos obstáculos da mobilidade.
É importante dizer que em todas as faixas de pedestres, mesmo quando não houver um semáforo, o pedestre sempre terá prioridade para atravessar por ela, mas atenção no nosso mundo contemporâneo isso pode ser entendido como um conto de fadas (...)
É importante escrever sobre um dos obstáculos: a antiga, e repaginada bicicleta (...)
O ciclista enquanto montado deve respeitar a sinalização tal qual os outros obstáculos da mobilidade, e ao atravessar a faixa de pedestre ele precisa empurrar a bicicleta e ir caminhando para a segurança dos demais pedestres, pois vale, novamente, lembrar que os pedestres tem prioridade em relação a todos os obstáculos da mobilidade.
O ato de atravessar na faixa e não apenas atravessar, passar por todo o ritual extremamente importante e rigoroso, olhar para os dois lados, ritual mais importante e que nos da maior sensação de segurança é um ato muito sério, um ato de resistência, de consciência, um ato de diferenciar-se e influenciar o outro, fazer a diferença, um ato de amor, um ato de ainda mostrarmos que somos humanos, somos além humanos, e sobrevivemos as loucuras dos obstáculos da mobilidade e vamos poder passar adiante tamanho conhecimento, pois passando adiante e com tanta tecnologia no mundo contemporâneo quem sabe não teremos mais mortes em decorrência de um simples atravessar.
Vale aqui escrever que apesar de tanta evolução no mundo contemporâneo não há faixas de pedestre em todos os lugares, mas mesmo não tendo devemos usar a imaginação, como se lá ela estivesse, e seguir o ritual de como atravessar em segurança e sim ter a esperança que um dia a imaginação dará lugar a realidade, e do asfalto nascerá uma faixa de pedestre, tal qual uma flor pode brotar.
Tenho orgulho de você, minha Ceci Milagros que quer ser tanta coisa, mas é só ver uma faixa, ainda na calçada e distante da rua, esperamos o sinal, olhamos para os dois lados e durante o ato de atravessar com orgulho ela sinaliza tal qual um Agente de Trânsito, e, é lindo ver e ouvir : “ MAMÃE FAÇO IGUAL LÁ AS PESSOAS QUE VOCÊ GOSTA DO SEU TRABALHO ..." (VALE MUITO ESCREVER QUE ELA ESTÁ SE REFERINDO AOS AGENTES DE TRÂNSITO ) os obstáculos quando atentos no trânsito sorriem pra ela, até já buzinaram(não que seja correto), e, ela já ganhou uma rosa por causa disso... minha filha só tem quatro anos, e já entendeu todo o ritual do atravessar....
Tentei aqui ser didática, lúdica, até irônica, mas fica meu questionamento é tão difícil assim nós e os obstáculos fazermos o que é certo? Afinal sem o NÓS o obstáculo não sai do lugar(...)
É tão difícil ser, SER HUMANO?
Cecília Milagros é o trânsito, pois eu sou o trânsito, Vamos todos ser o trânsito e fazer a diferença.
Mais Amor
Hoje, segunda - feira, 11 de fevereiro, ainda busco uma palavra para tentar descrever esse dia...penso em Cecília Milagros, ela falaria que foi um dia maluco, e tenho que concordar... especificamente escreverei sobre educação no trânsito...Sim precisamos de educação no trânsito mas não é só isso, precisamos de amor no trânsito e deixar de fazer do trânsito a nossa válvula de escape, a nossa direção ofensiva...Se alguém perguntasse hoje como eu estava eu falaria sorrindo bem, mas só por hoje e apenas hoje eu confesso que sim eu sorria mas tinha dor, calafrios, muita tontura, minha cabeça queimava no sol, mas mesmo assim continuei sorrindo e sendo gentil pois os outros tantos desconhecidos ou até mesmo conhecidos no e do trânsito não tem culpa ou sequer responsabilidades das minhas dores ou agonias pessoais... O trânsito só mudará quando NÓS seres humanos mudarmos....
MAIS AMOR, POR FAVOR, A DIREÇÃO DEVE SER DEFENSIVA...
EU SOU O TRÂNSITO...e hoje , e sempre eu preciso de sorrisos e amor...
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